Era um sonho
Era um cachorro de sitio
Não corria atrás de carros
Pachorrento
Até que ele latia
Discutindo com o vento
Pelos campos de cereais
A menina passeava
E sonhava
A espera de um amor sazonal
Que chegasse em alguma estação
Alheia, a semente brotava
Para um dia brotar pão
Cuidava de botar na mesa
O prato de arroz e feijão
E os príncipes galopavam
Empinavam em cavalos
Assustando assombração
Bucólica, onírica paisagem
Montava a imaginação
Ela menina...a donzela
As trilhas longas...o palácio
Ele, cavaleiro...o herói
Botava ela na torre
Na cela de um amor
Inexpugnável
Ninguém ousava ameaçar
E a tudo guardava uma sentinela
Com o disfarce
De um preguiçoso cão