INDIFERENÇA

Ela se tem com importante

A sua mão não estende

É rebuscada demais para ser irrelevante

Se tem como máxima

Da guerra é anfitriã

Em meio ao caos se faz líder

E de nariz erguido segue o seu caminho

Sem se importar com os rastros que deixa

Na frieza congelante que espalha

No desprezo que semeia

Se tem como grande juíza

Condena o ódio

Fazendo-o opositor do amor

Tirando o foco de si

Enquanto segue

Na sua indiferente indiferença

Alheia a sua própria anarquia

Apática a dor

Prometendo "liberdade"

Enquanto arma as suas armadilhas

De cálculos precisos

Que tornam as palavras

Mais importantes do que ações

Punindo corações

Esfriando sentimentos

Derrubando nações

Fazendo do mundo

Um campo minado

De almas vazias

Vestidas de corpos sem emoções.

18/10/2018

Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 11/09/2020
Reeditado em 07/04/2021
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