CINTILANTE

Bela e suave como o ar, a moça passa.

Ligeira e faceira, percorre o espaço, e valsa.

À luz do sol, vai refletindo seu brilho e, então, reluz.

Tem no rosto o cintilar da lua e, assim, seduz.

Nada a detém ou faz parar.

Conduz música e poesia no olhar.

Brinca com o tempo, tem mágica no corpo.

Desliza dos singelos pés até a cabeça, o topo.

Translúcida, atravessa como um espectro os raios de cristal.

Reverbera sons e melodia vai produzindo.

Fecha os olhos, no eco repercutindo.

E, enfim, encerra o espetáculo, girando em forma de espiral.

In Antologia "Todos os tons da poesia" (IV Encontro de Poetas da Língua Portuguesa)

Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes) e Acadêmica da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL)