NÃO MAIS OUÇO CANTOS!
Em plena Estação de cantos e cantigas
As cigarras já não ouço, recesso merecido
Até o joão-de-barro cessou seu alarido
Vejo passear pardais, a trabalhar, formigas!
Conquistas já passaram, o sabiá não mais canta
Dentro do meu quintal, bem-te-vi, que eu não vi
Querem me cobrar cachês, não pago, já levei manta!
Que então cantem de graça, o que é normal por aqui!
Ou, então, não é assim, alguma coisa mudou...
Todos cantam por aí, e, ainda, ninguém notou
Estou dormindo demais, não ouço essa serenata
O pior é que estou surdo, é a surdez que me mata!
Sobradinho-Df, 22/10/07