Sintonia - Um riso em verso - LVIII

Eu já abracei a solidão

esperando a sua

imagem acariciar

minha inexistente

mansidão,

não me julgue,

caro poeta,

pelos devaneios,

pelas rosas e

pelas violetas,

nós ainda somos

a menina com

pés descalços

Ah! Quanto receio.

Nostálgico meio

que me leva a ti.

Tuas fotografias

guardadas todas,

minhas amargas

companhias.

Teu sorriso ainda

brilha no meu

calabouço.

Menino triste,

a andorinha espera

seu canto, mas tu

sem despedir

partistes.

Ah! Quanto receio.

Nostálgico meio

que me leva a ti.

Não me importa

se outros violões

cantam a mesma

canção se sua

boca não dispara mais

um: comporta menina, comporta!

Me contenho

a lançar minhas

próprias lágrimas

porque há mais que um

céu entre nós

e eu sei, meu caro

vivente, que nosso

riso, nosso choro,

não é qualquer um que

explica.

ÔÔÔÕ

tanta saudade

disfarçada em

em fotos com confetes.

A mesma menina

com vestido longo

a se torturar pelo

seu corpo(OOOO)

pelo seu toque(eeee)

pelo seu jeito de viver(errrrrrrrrrrrrrrrrr)

Ah! Quanto receio.

Nostálgico meio

que me leva a ti.

Não quero não

que ninguém me escute,

pois aprendi, Poeta,

que o silêncio abraça

todos os meus devaneios

e se me torno carne

e dor sei que a loucura

também me transforma

em desgovernado amor.

A mesma menina

com vestido longo

a se torturar pelo

seu corpo(OOOO)

pelo seu toque(eeee)

pelo seu jeito de viver(errrrrrrrrrrrrrrrrr)

Ah! Quanto receio.

Nostálgico meio

que me leva a ti.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 07/09/2020
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