Eu já me fui
Eu vejo,
O que ninguém ver.
Reflexões que me somam,
Ou subtrai.
No referencial de fora,
Um demônio,
Para os que não tiveram contato,
Um gênio.
Que grande ironia.
Do ser que não existe,
Como fratura única semelhança,
O desejo de mudar,
Moldar,
Manter.
Romantizam e amam somente a si mesmas,
Com a régua do correto,
Do prazer que as trás.
Por isso nenhuma é igual,
Porque não existe.
O subtendo do modal.
A norma,
O normal.
Dos que fazem com gráficos e mil e uma análise de p/ transações,
E eu somente de supetão reforço e desfaço,
O cadaço,
De vossa ignorância.
Risadas internas de uma mente louca?
Narcisista?
Somente outro olhar acurado para distinguir o joio do trigo,
Do adolescente revoltado,
Do gênio.
Em suma,
Quem são os ignorantes?
Gênio é demônio,
Nada mais e nada menos.
Simbolizem,
Desdobrem lucidez,
Figidores,
Eu não fingo,
Eu sou.
Nessa minha composição,
Com um bom leitor,dissonâncias soam tão harmônicas.
O quebra cabeça,
O enigma que o inconsciente prega.
Prega,
E pegam,
Qualquer um despreparado.
Me façam descer o pedestal,
Nem lá estou...
Me façam sorrir,
Conversar,
Nem lá estou...
Me façam namorar,
E namorada nem mais tenho..
Eu sou de fato,
Um agente,
A,
A,
E completem com as palavras,
Social,
E o que tudo isso implica.
Eu de fato sou,
Uma confusão harmônica,
De um pós-modernismo estrutural inconsciente.
De rápido eu pego,
Rápido entendo,
Rápido quebro,
E logo repito o ciclo...
O que eu deixo?
Nada,
Pois eu já me fui.
Criado: 06/09/2020