anoitecendo
ao anoitecer, na calma
calamidade laminada,
lembro do rosto onde
tempo fez o seu trabalho,
nos seus pés feito em
letras de persistência,
do seu vestido sempre
bordado com o presente
que nunca se impõe, mas
surere com algo que lembra
um lar alegre e bem alinhado,
teu sorriso sem a áureola da
noite, seu falar onde o mundo
desdobrava num microcosmo
de outro cosmo mais vasto
e mais perigoso que esse
cigarro que sugo com a fome
de um demamado, sinto
raiva, ou será o ódio dos
escluídos, do que à margem
ver o mundo como passagem
e não como um lugar de encontro.
me sujo da dureza da gloriosa
profundeza dessa noite sem
crime, ou crise que nos inoportune
o juízo, não, somente o braco de
um inifito, onde as escoras não
suportam sequer o seu gemido,
noite das águas e dos pensamentos,
das imagens refletidas na retina
do presente, tão vivo e tão calamitoso,
rezo pouco e meu gozo não espanta
uma boiada, é da dor doer, como
é desse que sente seu direto de sofrer,
amar os primórdios, onde arredores
eram mistérios esclarecidos, mas
na real, o real não late com as botas
dos colonos, mas com o cinto dos condes,
dos reis, dos duques, dos homens armados,
que pela cidade, responde ao grito do alto,