Contraponto
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Vejo o sol dentro do mar
e minhas vestes parecem serenas demais.
Dias atrás,
vi seus olhos – eles eram meu cais.
E meus ais...
Não revelavam nada de mim.
E assim:
os dias passam,
os dias vêm...
Nada muda nem aqui nem além.
É isso natural?
E o mar dentro do sol
torna singelo meu paradoxo global.
E coisa e tal...
Não consigo ver além do normal.
E por fim,
quem mandou roubar a flor do jardim?
(O jasmim)
Se a elegância
se mostrar na fragrância,
então valerá a tortura existente em mim.
E isso é normal.
Crato-CE, 5 de janeiro de 2007.
22h14min
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