com as lágrimas do meu sorriso
com lágrimas sagrando dos joelhos
com os olhos pulsando de dores
e o coração com as cores da tristeza
com a alma inundada na lama da angústia
com meus rastros empoeirados de tormentos
até o meu hálito agonizante pulveriza o tempo com maestria
o meu suor tem o brilho do meu choro
eu transpiro odores camuflados
no esconderijo latente dos meus instantes
meu olhar mira o sem fim de tudo
que a nada chega
fito a eternidade
desvairada com os estilhaços
dos recônditos dos meus segredos
lágrimas em chamas
na rotina quebradiça de sempre
aos destinos desenhados por entre debruçar
das minhas verdades com a envergadura solapante dos meus desertos tortos, dos meus fatasmas em delirios,
bêbados com mihas lástimas
dos meus fantoches dançando nos palcos
dos meus caminhos
...e sigo sozinho
porque o meu verbo
é caminhar
mesmo com o chão encharcado
com as lágrimas do meu sorriso