Eis me aqui.
Mal sustento teu olhar,
Devassada em divisões internas,
Culpas e vergonha.
Contudo, dos mal feitos não recordo,
Pois que sempre desejei apenas o amor.
Apenas? Digo eu, que tanto amei
Em entregas absolutas.
Venci montanhas e vales, nadei em mares revoltos e mergulhei com os golfinhos para depois voltar à tona feliz e plena.
Fiz pacto com os anjos enquanto flertei com demônios.
Eis me aqui, perante teu olhar curioso e inquiridor.
Que esperas mais de mim?
A minha alma não está à venda, é meu único bem, o troféu conquistado nas inúmeras batalhas da vida, das quais saí mais intensa e viva, porém com cicatrizes eternas.
Jeanne Geyer