O pecado da carne
E se fez gigante o doce do pecado
Diante de mim sem pudores despido,
Num corpo sinuosamente esculpido
Por um escultor de gosto abastado.
Atónito eu cuspo um só gemido
De desejo pelo corpo amorenado,
Que deslumbro voluptuoso a meu lado
Mostrando-se de jeito atrevido.
De mim não seja então cobrada
A alma desta moça desgarrada
Com a qual a noite me deitei,
O perfume de sua rosa encantada
E sua boca levemente molhada,
Seduziram-me, e então eu pequei.