ANDEJO

O poeta vai passando pela vida
como um reflexo dourado de peixe,
como o rítmo assimétrico dos passos.

Um polígono virtual de paixões,
um facho de luz finito,
um fluxo de rio sinuoso.

Vai por aí buscando caminhos,
como uma fera ferida de realidade
querendo uma campina de horizonte protetor.


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Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 04/09/2020
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