Mundo (des)encantado
Fadas, duendes
Ninfas e sereias
Heróis, vilões
Deuses e demônios
Nossas vidas em suas mãos
Orquestradas, manipuladas
Nos reinos que se criam sozinhos
Onde são erguidos altares
E egos gigantescos
O humanamente genuíno esconde-se
Por trás das pedras brancas e escorregadias
Da incerteza
Da humildade
Da submissão
Cega e covarde
Por que olhar finalmente o espelho
E enxergar nele seu próprio inimigo?
É o desencanto do mundo
Encontrar o nada
Depois da morte irremediável
Ser e só ser
Diante da vida agora
Então por que não escolher?
Caminhos e companhias,
Pecados e perdões?
Esse é o verdadeiro encanto do ser
Ver e transcender
Ir além do que os olhos podem ver
Do que as pernas podem alcançar
Aonde a alma possa nos levar