TAÇAS EMBRIAGANTES...

Lareira fogosa em chamas

velas ensandecidas fumegantes

violinos clássicos em duetos

chuviscos umedecem minha janela

conquanto em taças embriagantes

bebericamos eu e ela.

No valsar de Strauss

rodopios unos de desejos

despimos almas e corpos

voos aromáticos de lingeries

pairam sobre o tapete

com malícias e pejos.

Embriagados em Baco

sorvemos nossas emoções

néctar a escorrer nos pomos

no seu corpo ensandecido

ensandecido que somos

beberico não compadecido

sua volúpia vulvar embriagante

este ser não mais errante.

Agora em marasmos prazeres

sucumbimos ao clímax

à Deusa do amor

todo este nosso torpor.