Âncora
A arte salva, move, contorce
Contempla o atemporal, agora
Quebra os restos do amanhã, aflora
Invade onde faz brilhar, manhãs
Torneia o ato, abraça
Realça o invisível, instante
Ancora nas veias mais sublimes, desbota
Debruça nas ondas da incerteza, reza
Faz do abismo ponte, malabares
Veleja entre sonhos frescos, dança
Cala no seio do canto, boca incauta
Pluraliza vidas, nobre singular
Morre no que excita, (re)nasce...