Quieto silêncio
A tarde fervilha de libélulas
Em rodopios ensandecidos.
O último raio de sol escorre do céu
Brilhante com pontas afiadas.
Sinto nesse momento a vida
Coser-me em alinhavos de saudades
Vendo o sol se por envelhecendo
O dia e sonhos, na tarde que finda.
Com o vento, lâmpadas suspensas
Balançam criando um jogo de sombras
Revisando o passado como um extenso
Rolo de filmes antigos...
A memória acorda, cessa o vento
E transforma tudo em... quieto silêncio.