Alteridade
Tua face tem a luz da noite
Que rebrilha toda escuridão.
O teu cheiro, os escondidos das plantas.
No silêncio de teu ser o segredo se faz,
Enchendo de verdes e avelãs os completos,
Como saudade de se falar às areias.
Um olhar que insiste nos ocultos dentros.
Meus dedos procurando os destinos de sua cintura...
Inutilidade de observações líquidas em seu corpo...
Caminho para dentro da agudeza de suas formas...
Teu sorriso felicitando os longes com terra e água,
Passos de neve durante o morrer das coisas...
Ouço de ti um pedaço de enorme Eu,
Que de grande se desdobra em ventos
E resvala nos profundos de nós.
Escorrego-me em lábios cobertos de azuis.
Tu és de estrela e caminho,
Fragmento cintilado de pequenos e enormes.