ANINHA FRANCO

Moça gourmet mas não gourmetizada; do mesmo modo é terra e não salada.

Bahia, Salvador, Pelourinho... não convém falar de quem é quem, Aninha ou Bahia são irmãs, pronto! Uma anda cuidando da outra, para nossa sorte a advogada reflete cultura, faz teatro e enuncia música.

Sem placas de destruição moral à defender míseras bandeiras, moça pesada de vitórias que sabe por na mesa: história, cozinha, leitura e não abandona a equidade com comida boa, sua advocacia é escrever e falar bem. Sua divindade é ser cultura, é ser primeira-ministra do bem.

Romantizada não: conhece Grécia, é antiga e não velha, olha lá! Seu ofício é essencial, registra o tempo, colega de Homero, declama Abujamra e exala humanização.

Se Ariano Suassuna é padroeiro, Aninha Franco é justiceira de arte... republicana, brasileira, defende o que sabe escrever, pobre minha não ser conterrâneo mas sou contemporâneo.

Rio de Janeiro; de Acre à Serra Gaúcha, toda avenida merece uma Aninha, toda arrecadação merece um Casarão. Toda República um Republicano como Ana.

Anárquica de qualquer forma de não humanizar, saudável como só quem come acarajé é; viva Aninha, viva Dedé.

Viva a Bahia, viva Aninha, quantas vidas quiser... briga e morde mesmo... toda artista devia sim se batizar Aninha.