MÁSCARAS DE SETEMBRO
É o aroma das flores
É o setembro que chega,
É o sol que esquenta
A terra batida e meiga.
Não sinto o cheiro das flores
As máscaras me impedem,
Na expressão dos desejos
Só vejo olhos que refletem.
Sorrisos bailam em lábios
Totalmente encobertos,
Risos secos ou lágrimas
Em momentos tão incertos.
Olhares lânguidos
Ou longínquos,
Em máscaras de setembro
Em gestos tão ambíguos.
Só o coração pulsante
Respirando o doce setembro,
Na esperança suave
De viver grande momento.
É setembro...
Campos de flores...
E vejo teus olhos
E invento meu tempo,
Viajo num vento
De um doce setembro.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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POSTADO EM 01/09/2020