Setembrais II
 

 
 
Setembrais 
Carmen Fossari
 
 
Do romano calendário ,
O primeiro,
Quando o ano tinha 
uma dezena 
De meses , era o sétimo.
Em latim dito septem
Chega ao segundo milênio como 
Setembro, permaneceu o sétimo mesmo
Num novo  calendário de doze meses ,
Passou a  ser em ,verdade ,o nono mês do ano,
Que agora vai  se completando.

Setembrais !
Véspera de primavera.
A vida sempre coloriu-se
 Ao chegar esse  segundo mês 
Do semestre segundo.
Do ano de dias andatinos
Muitas vezes sentidos como
Velozes períodos dos 
Trinta dias.
 Nominados em homenagem aos 
Deuses mitológicos e imperadores 
Romanos.
Pois Setembro , não traz esse carimbo!
E talvez  por não coincidir seu   nome com 
A ordem numérica chega ,sempre
Leve , bailarino, repleto de frescor,
Mesmo com as tempestades 
Que muitas vezes emolduram
Cotidianos em cinzas tons ...
Há um frescor de uma brisa
E um verde que se anuncia 
Saltitante !
Nesse ano de MMXX
Todos os meses desde o terceiro
E mundo afora oclusaram
A paisagem  das janelas 
De todas as arquiteturas 
Do oriente e do ocidente
Dos poderosos e dos famélicos
Os dias se isolaram dos afetos,
Das artes, dos abraços ,
Dos beijos , dos encontros.
De tudo que aproxima um corpo
Do outro corpo.
Uma pessoa de outras pessoas.
Os sorrisos ganharam 
Vendas
E máscaras vestiram a face
Como luvas que se aderem aos
Dedos das mãos.
Há uma procura por deter , não mais  o
Tempo , mas a pandemia
Que foi capaz de dizer 
Stop ...
Parou o acelerado mundo
Agitou as comunidades de cientistas
Proliferou atos obscuros de medievais
Gestores
Resplandeceu luz à outr@s 
Que conseguiram priorizar
O humano , segurando com
Unhas de touro a força gananciosa
Do capital.
E Setembro no cenário pandêmico
Chega de mansinho ,com frio
Chuva 
E também com esperança...
Quem sabe no mês doze
Uma vacina trará de novo 
Asas aos dias , aos sonhos
À vida!!
 
 

Leve , bailarino, repleto de frescor,
Mesmo com as tempestades 
Que muitas vezes emolduram
Cotidianos em cinzas tons ...
Há um frescor de uma brisa
E um verde que se anuncia 
Saltitante !
Nesse ano de MMXX
Todos os meses desde o terceiro
E mundo afora oclusaram
A paisagem  das janelas 
De todas as arquiteturas 
Do oriente e do ocidente
Dos poderosos e dos famélicos
Os dias se isolaram dos afetos,
Das artes, dos abraços ,
Dos beijos , dos encontros.
De tudo que aproxima um corpo
Do outro corpo.
Uma pessoa de outras pessoas.
Os sorrisos ganharam 
Vendas
E máscaras vestiram a face
Como luvas que se aderem aos
Dedos das mãos.
Há uma procura por deter , não mais  o
Tempo , mas a pandemia
Que foi capaz de dizer 
Stop ...
Parou o acelerado mundo
Agitou as comunidades de cientistas
Proliferou atos obscuros de medievais
Gestores
Resplandeceu luz à outr@s 
Que conseguiram priorizar
O humano , segurando com
Unhas de touro a força gananciosa
Do capital.
E Setembro no cenário pandêmico
Chega de mansinho ,com frio
Chuva 
E também com esperança...
Quem sabe no mês doze
Uma vacina trará de novo 
Asas aos dias , aos sonhos
À vida!!