NÃO ENTRE
NÃO ENTRE
Não entre em BRIGA alheia
Se tem medo do Mar nem pise na areia
Não entre aqui procurando agrados
Posso ser mal criado, e minha língua uma pela
Meu mundo é sem rumo
Sem GPS, sem bússola, sem mapa
Quem vier pra esses lados
Que pegue seu equipamento
E com conhecimento
Não erra quem traceja e mapeia
Desculpe meu jeito bruto
Nessas terras sou matuto
Por aqui ninguém trapaceia
Meu sangue é conteúdo
Que como escudo protege minha veia
As ondas não me assustam
A areia quente não queimam meus pés
Minha língua é espada afiada
E caminhando por essa estrada
Vou vivendo pela fé
Acredito que ao fim da luta
Tem Vitória a quem creia
Mas se você tem medo do meu Mar
Então não entre na minha praia
Então nem pise na minha areia
Não entre pra reparar
Se estou alegre ou com dor
Nem entre pra querer me ensinar
Sobre regras do amor
Se o meu Mar não é de rosas
Suas palavras floriosas
São escuras, cinzentas, sem cor
E minha poesia tão estranha
Será que tem quem compreenda
Ou ao menos tem quem leia?
A você que leu
Meu muito obrigado
Ainda que me ache otário
Ficarei ainda mais grato
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