ALZHEIMER, CARMA OU BÊNÇÃO?
 
Alzheimer tira de cena,
Por isolar na memória
Grande parte de sua estória,
Todo ser que se apequena
 
E se aliena num mundo
Frio e repleto de mágoa
Que mesmo agora é fecundo
E vive qual lótus n’água:
 
De dia, expõe-se indefeso
Por ser, do olvido, refém,
Porém, à noite, surpreso,
Mergulha fundo no além,
 
Por bênção, lembra quem é,
Sabe, pelo efeito, a causa
Do sofrer que é só uma pausa,
Fortalecido na fé.  
 
Grato, eleva o pensamento
E, orando, ao Pai agradece
O carma que o favorece
Com a bênção do acolhimento.
 
Como nada é por acaso,
O carma também dá azo
Ao resgate que envolve
O perdão que tudo solve.
 
Carma é como nomeamos
Situação desagradável
À qual sempre nos expomos
Por efeito reprovável.
 
Trabalhoso é entender
Certos elos com o passado,
O que nos faz evolver
Na “busca” do Ser alado.
 
Como eternos aprendizes,
Caso estejamos abertos,
De variados matizes,
Renasceremos, libertos.
 
Estamos em uma escola
Onde tudo é positivo
E, urge passar sem “cola”
Num processo volitivo.
 
Estendendo o amor que somos,
Origem de todo o Ser,
Por bênção, tudo transpomos
Aprendendo a benquerer.
 
 
Graça Guardia
Pelo Espírito Juliana (20.08.2018)