EXILADOS
Exilado em seus próprios sentimentos
Saudades da “terra” sua
Onde livre assiste a lua “nua”
Em seus desenhados “firmamentos”.
“Raios” proibidos, tempestade.
E do outro lado da cidade
Fica o seu pôr do sol.
Numa fração de segundo
Ao piscar dos olhos
Vive-se eternamente o impossível,
Mas a realidade previsível
Logo vem
E finda esse sonho profundo.
Andar na “corda bamba”
E a perna que samba
É rock,
E escamba, exilado em choro.
Quanta gente ora saudosa!
Distante da sua “árvore frondosa”
Canta espantando seus males
Vivendo nos “vales”
De “minas” estrondosas.
Assim, quem não vive o seu eu,
Para viver as regras
De uma sociedade insana
Que a raça humana
Criou.
Ênio Azevedo