SILÊNCIOS DA ETERNIDADE

Oque direi aos pombos que aguardam o meu sorrir?

Oque direi ao papagaio que aguarda o meu silêncio?

Se alegria carreguei-a no bolso furado,

O silêncio perdi-o na falocentricidade do Papagaio... Oque eu vivi ninguém furta.

Quem sou?

Um aprendiz de desesperos? Ou apenas um peregrino de falsidades...

Sou um jardim de barulhos

Não floreço no momento certo,

E bem sei

Acabarei explodindo depois.

Meu ser;

Palavras soltam no vento

Aspirante do desassossego.

No avesso da madrugada, quando lembro as palavras

Esqueço os pensamentos.

Sou a sombra do Luar que contemplo

pouco tenho para dizer

aos pombos, papagaios.

Quanto alegria que perdi, não quero recuperar

Mas o bolso quero costurar.

-Ludy Kisasunda