Recomeço
Sinto um vazio, um oco,
um calafrio mouco corre as entranhas
Que coisa bizarra, estranha
O curso dela não mudo
Ela leva, descarrilha tudo,
entrincheira sonhos
deixa um rastro medonho
cedo o medo bate à porta,
a esperança entorta,
mas não está morta.
O Ipê amanhece amarelinho em flor,
a primavera impassível acorda
O sabiá começa seus acordes
contagia todos à sua volta,
volto a sorrir, a sentir
Deus soprou aqui .
Benvinda Palma