DESERTOS DA MINHA ALMA
Oh depressão que me causa dores
Não basta-te a solidão noturna?
Deturpa a minha alma
E em minutos...
Custa-me viver a rotina diurna.
Oh solidão que corroí
Maldita és a dor que doe
Sem ter você ao meu lado
Transita a desgraça que me destrói.
Vem depressa oh alegria
Visita o meu ser que inspira
Adentra-me o coração...
E na ebulição me empresta o ar que respira.
Oh corvos olheiros da morte
O mundo anda sem cor
Dilacera-me os olhos e destrói
Tudo que o meu coração amou.
E obriga-me a deitar-me em espinhos
Pertinho de um cemitério de flores,
Escravo sou das insônias constantes
E o sonhar eterno de amores.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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LEI Nº 9.610/98
29/08/2020