QUANDO NÃO SE TEM ESCOLHA
Sempre há algo atrás da porta
E você nem sempre ousa rodar a maçaneta
É uma covardia que você costuma cultivar
Mas não há solução
Não há como fugir disso sem se acovardar.
Sempre há algo atrás da porta
Só que você se amedronta
Como um rato
Que acaba de sentir o cheiro de um felino.
Sempre há algo atrás da porta
Pode ser uma borboleta azul
Ou um resto de alimento
Você precisa abrir a porta!
Sempre há algo atrás da porta
Pode um perfume de âmbar
Pode ser apenas uma carne em putrefação
Abra a porta! Vamos!
Sempre há algo atrás da porta
E você não tem escolha
A não ser
Girar a maçaneta.