Marcas

Que as palavras não pronunciadas ao pé do ouvido, longe dos olhares curiosos, escondidos do resto do mundo. No silêncio habitual das nossas mentes barulhentas e inquietas.

E os versos, que na boca dos poetas, não possam ser declamados (traduzidos). Aos gritos inaudíveis, rasgando a garganta, que são regurgitados após serem engolidos a seco.

Sejam eles ouvidos por ondas acústicas, vistos pelos olhos da alma, e sentidos pelo genuíno coração.

Lá estará o bom amante, o leal amigo, o anjo audacioso entre os covardes, traduzindo as línguas não compreendidas pelos reles mortais.

Estaremos ligados por um fio invisível de afeto; entrelaçados pelo amor, cingidos pela dor e concernentes da boa esperança.

Assim nascemos, crescemos e morremos...

Esperando o que não há de vir; como uma ingênua e sonhadora criança.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 28/08/2020
Reeditado em 29/08/2020
Código do texto: T7048958
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.