Marcas
Que as palavras não pronunciadas ao pé do ouvido, longe dos olhares curiosos, escondidos do resto do mundo. No silêncio habitual das nossas mentes barulhentas e inquietas.
E os versos, que na boca dos poetas, não possam ser declamados (traduzidos). Aos gritos inaudíveis, rasgando a garganta, que são regurgitados após serem engolidos a seco.
Sejam eles ouvidos por ondas acústicas, vistos pelos olhos da alma, e sentidos pelo genuíno coração.
Lá estará o bom amante, o leal amigo, o anjo audacioso entre os covardes, traduzindo as línguas não compreendidas pelos reles mortais.
Estaremos ligados por um fio invisível de afeto; entrelaçados pelo amor, cingidos pela dor e concernentes da boa esperança.
Assim nascemos, crescemos e morremos...
Esperando o que não há de vir; como uma ingênua e sonhadora criança.