SAUDADES QUE ME DOE. (Adeus meu ranchinho!...)
SAUDADES QUE ME DOE. (Adeus meu ranchinho!...)
***
Lá no pé da serra eu tinha um rancho
Onde ao meio dia armava a rede
E uma quartinha pra matar a sede
Decorava a sala, bem no canto
Tinha uma mesinha e um banco
Fazia parte daquele cenário
Era tudo simples sem armário
Sem fogão a gás nem geladeira
E um radio que tocava sem canseira
A tarde inteira feito um canário.
Levo a vida a recordar
Os bons tempos do meu ranchinho
Ali era o meu ninho
O meu berço, o meu lugar
Lá eu não via o tempo passar
O calendário parece atrasado
O que eu achava mais engraçado
Era ver os campos coloridos
Hoje eu vivo dividido
Entre o presente e o passado.
Amiraldo Patriota