SAUDADES QUE ME DOE. (Adeus meu ranchinho!...)

SAUDADES QUE ME DOE. (Adeus meu ranchinho!...)

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Lá no pé da serra eu tinha um rancho

Onde ao meio dia armava a rede

E uma quartinha pra matar a sede

Decorava a sala, bem no canto

Tinha uma mesinha e um banco

Fazia parte daquele cenário

Era tudo simples sem armário

Sem fogão a gás nem geladeira

E um radio que tocava sem canseira

A tarde inteira feito um canário.

Levo a vida a recordar

Os bons tempos do meu ranchinho

Ali era o meu ninho

O meu berço, o meu lugar

Lá eu não via o tempo passar

O calendário parece atrasado

O que eu achava mais engraçado

Era ver os campos coloridos

Hoje eu vivo dividido

Entre o presente e o passado.

Amiraldo Patriota

Amiraldo Patriota
Enviado por Amiraldo Patriota em 28/08/2020
Reeditado em 25/08/2022
Código do texto: T7048647
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