Analgesia
Sinto-me como um inferno em chamas, com um oráculo rugindo profanações dentro de mim.
Logo o céu colossal acariciou-me com tua vastidão, em meio à vista luminosa, aventurei-me vestida em tons sombrios, tal como uma dama da noite. A minha mente havia se transformado num cemitério de gritos silenciosos e sussurros altos, murmúrios sob alta - tensão.
Eu não consigo me encaixar na atmosfera que me é fornecida; parece que a minha boca está muda e os olhos estão cegos.
A minha alma tornou-se em grilhões aprisionando a minha inspiração dentro.
Por onde anda as quimeras do meu versejo lírico?
O meu firmamento enegreceu, refletindo um tormento sem fim...
A lua já não ilumina como antes, as estrelas deitaram sobre o céu escuro, na constelação apagada, nas infinitas noites que me rodeiam.