A COR DA POESIA
Estranhamente habito o meu estranho mundo.
Saboreando o caos como alimento, embriagando-me de doces ilusões.
Sentindo a sagacidade do tempo, dos tons e nuances de antigos lugares.
Sobre a minha pele, apenas o toque frio, rígido e preciso da navalha. Cortando como faca, todas as histórias que carrego no meu corpo.
Fazendo o trajeto de novas cicatrizes, as marcas que caminham comigo, que dizem aos quatros cantos... Em alto e bom som, quem de fato eu sou!
... E eu sou isso, sou retalhos de histórias inacabadas ou mal contadas, sou versos que sangram sobre a folha branca. A cor rubra de toda poesia.