O MARTÍRIO DE MIN HA QUARENTENA

O MARTÍRIO DA MINHA QUARENTENA

Eu queria cingir alguns versos

Com a agulha da melancolia

Mas com a linha da esperança

E dissipar toda essa agonia.

Eu queria construir uma estrofe

Sem métrica, sem ritmo e sem rima,

Sem pânico, sem trauma e sem medo.

Mas que nos fale de bonanças.

Eu queria construir uma colcha de cama

Com os bilros das antigas rendeiras

Nela dormir uma noite tranquila

E acordar com uma aurora alvissareira.

Eu desejo que nossa luta

Não perca a fé nenhum dia

Pois já vislumbro no horizonte

Nuances de festa e de muita alegria.

Eu queria tecer um poema

Com o tear de expertise tecelão

E que esse dilema fosse fugaz

Que formasse um tapete de resignação.

Capanema-PA, ás 10:00h do dia 17 de abril de 2020.

SALENCAR

salencar
Enviado por salencar em 26/08/2020
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