INSÔNIA
Quando a gente não dorme
não há silêncio nem sonho,
só uma escuridão
povoada de muitos sons
e solidões.
São os ratos, os cães, os gatos,
grilos... e os Demônios,
reféns do sono, vigilantes insones.
Barulho no telhado
é um ladrão? Será um assalto?
luzes nas janelas, sombras espreitadas,
é uma facada? Onde está ela?
O corpo dissipa o calor da cama,
pele, suor e lágrima,
tudo uma coisa só!
uma coisa, só!
Nessas noites eternas são tua falta,
assim mesmo, num plural errado,
que concordamos tanto em discordar,
mas que agora mesmo desacordo
e acordado, não sei se dia, se noite,
Só sei te amar.