ROTINAS E VÍRGULAS
Ouvia dizer quando acordasse e abrisse os olhos tornaria imbatível!
Tornaria por assim dizer leve, não brejeiro e ás vezes corrosivo. Nas ruas via cinza, janelas abertas uma do lado da outra... tanta gente, tanta vírgula.
Nasceria e morreria ml vezes se naquele instante houvesse escolhas, rotinas! Voaria tão alto que nenhuma tristeza me alcançaria; cansaria de correr da liberdade e aprenderia com o amor, como é coisa de gente que sabe o significado de voltar.
De tarde conheceria novas comidas, novos costumes e novamente vírgulas, outrora rotinas disfarçadas, absolutas e ferozes. Ouviria quadros de silêncios; desceria escadas sentindo vento, sonharia com a cama como coisa difícil de levantar.
Chegando no destino tomaria vergonha de só aprender no final, nada do caminho! Nada das pessoas e tão pouco de mim - na janta era tarde saber nomes e decorar documentos, ir fundo e não ver... é necessário tocar para relaxar.
Na noite... triste fomos, mal deitamos e aprendemos a transformar os dias seguintes, a concretude de pensar e ficar satisfeito, vírgulas... respira e vá dirá o mundo - eu te conduzo e no fim o culpado é sempre você.