Agosto ventania
É agosto
tempo sujo
casa rosada
hora passada
negro vendaval
água invasora
levou varal
frio noturno
água de beber
homem de coturno
sorte levada
choro na varanda
porta fechada
palavras mornas
flores na prumada
ovo de codorna
feliz na chegada
suor lavado
conversa arranhada
prole unida
vieram de lá
enfeitando avenida
felicidade não busca na lata
consegue com sorrisos
aparecendo na fita
garoto selvagem
parado no tempo
fez sua imagem
tristeza no rosto
medo passado
procurando seu posto
latido de cão
sem o seu dono
procurando outro chão