MIRTES E O TEXTO DEIXADO SOBRE A MESA
Há um sol lá fora , temível e violento.
Traz amarguras sem sentido , e tempo.
Caindo no embaraço da noite, desce
adocica um beijo estranho feito pra
voltar n'outro dia , e que a demora
será devida ao sol lá fora , temível...
Mesmo estas nuvens , estas cores
cinzas , brancas , cheias de águas
partidas e mágoas ressentidas tem luz!
Qual a força da luz sobre a sombra?
Uma noite que não me atravessa
me deixa cobrir o chão possuído de
queda, de trevas da minha sombra quieta.
Eu pretendo voltar mudo e com falta
quero a vontade reunida nas escadas
pra ter forças de subir ao teu altar.
Por isso , e com isso que levo saindo
pretendo voltar quem sabe numa
tarde de eclipse , numa tarde rara !!
Quando a cara e suntuosa voz se abrindo
do sol temível e violento não respeitar
meu luto sobre a morte deste outro que
soluço , pensava que havia uma vida
lá fora tão bonita , como esta aqui
que deixo partir , vendo você sorrir
porque feliz está ,vendo alguém partir,
que irá voltar , é logo ali , vai matar o
coração sossegado por um cansado.
Vítima do sol temível , como eu , terrível
dia de verdade que a maldade do mundo
Nunca perdoa , se quer sabe do sol... ecoa
e destoa nosso quadro tão belo pintado
de flashs , só que deixa as coisas como eternas,
como aquelas palavras vindas
de dentro ....tinha alguém dentro quando
te amei e decidi támbem dizer pra sempre.