As ades da vida

tudo começa em natividade,

num momento de plena felicidade,

quando o choro ecoa na cidade.

e o tempo voa com celeridade,

nos tirando da primeira idade,

nos jogando em um mundo de novidade.

assim, mergulhamos na jovialidade,

onde a inexperiência é a minha verdade.

traz-me uma certa dubiedade.

eu, ali, em plena puberdade,

ora, com sordidez, ora, com claridade.

e me chega a tal responsabilidade.

o adulto que me traz seriedade,

o entendimento da solidariedade,

o conhecimento da maldade,

o enfrentamento da faculdade.

o amor que arrebata com vontade

e a pressão da sociedade.

por vezes, sou ebriedade,

por outras, mergulho na sobriedade.

assim, busco a prosperidade,

enfrentando tristezas e alacridades,

caminhando e cantando sem maldade,

desprezando as frivolidades,

valorizando as amenidades.

e, nessa procura incessante de liberdade,

envelheço, sem receio, sem vaidade.

sigo meu caminho semeando amizades,

vivendo com intensidade,

colhendo cada sol, cada lua, com serenidade.

já não há mais vitalidade,

já sinto a presença das enfermidades,

mas, isso não afeta a minha hombridade,

não apaga a minha felicidade

e sigo abraçado com minha humildade.

acredito na força da religiosidade,

creio em minha divindade

e me entrego no colo da espiritualidade.

e me vou...

Sérgio Murilo
Enviado por Sérgio Murilo em 20/08/2020
Código do texto: T7041593
Classificação de conteúdo: seguro