Um beijo

Hoje eu queria dar-te um beijo...

Boca ardente que tu tens,

me envolve num cortejo...

as pernas tremem, são reféns.

Não queria por agora,

Queria por uma hora,

um dia... pelo infinito...

Não só doce, mas bonito.

Não só por mim, mas por nós dois.

Um beijo, e nada mais...

Que não se deixe para depois!

Num palácio, na rua ou no cais...

Um beijo, daqueles que o ar se esvai,

para dar espaço à paixão.

De um abraço, um laço que cai,

repleto de desejo e incitação.

Por ti vejo estrelas em dia ensolarado,

pululando em mim, o amor que tens cativado.

Já quis ser qual água, que escorre por tua forma...

Hoje queria ser o que em tua boca se transforma.

Hoje! Eu queria estar em teus lábios...

Uma leve mordida...

Milhares de conúbios,

sem qualquer despedida...

Um beijo ensaiado,

Lisonjeiro, destrambelhado,

Com gosto das balas que gostamos,

teus lábios nos meus, traços que desenhamos!

Sabes, que apenas queria um amor!

Em ti o tenho por completo...

Fui um sincero ator,

na alegria e no gesto.

Te desejo! mesmo quando sem rima ou assunto...

Um absurdo que se escreve em borrão!

Nessas linhas imperfeitas, eis que te pergunto:

Sabes que não és um poema, mas uma canção?

Música que me conduz um intento motriz,

de um amor que tu tens pelas mãos

Desde minha voz, tudo em ti, os refrãos...

Tudo de ti que me faz um tolo apaixonadamente feliz.

Luciano Calheiros Lapas
Enviado por Luciano Calheiros Lapas em 20/08/2020
Código do texto: T7040831
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