Rua proibida
Rua proibida
seus cabelos de algodão, são como a noite, despistando estrelas. essa água mansa, onde tomo forma, tal as nuvens; como se movem as revoadas. onde seguro o olhar, o mundo vai caindo para repousar nesse mar, fosse apenas mar em seu desalinho, mas não é, é um céu encostado em tua pele, essa sala sagrada, onde chovo, corro feito prece procurando o terço. exausta demais para deslumbrar seus quadris. o rádio toca suavemente, sai para a vastidão, você por toda parte. teu rosto amanhece na escuridão macia, a noite se alongava na janela como um campo na primavera, roubando coisas sinceras do nosso céu de caneta Bic, feito sorrisos em correntes de ar.