Rua proibida

Rua proibida

seus cabelos de algodão, são como a noite, despistando estrelas. essa água mansa, onde tomo forma, tal as nuvens; como se movem as revoadas. onde seguro o olhar, o mundo vai caindo para repousar nesse mar, fosse apenas mar em seu desalinho, mas não é, é um céu encostado em tua pele, essa sala sagrada, onde chovo, corro feito prece procurando o terço. exausta demais para deslumbrar seus quadris. o rádio toca suavemente, sai para a vastidão, você por toda parte. teu rosto amanhece na escuridão macia, a noite se alongava na janela como um campo na primavera, roubando coisas sinceras do nosso céu de caneta Bic, feito sorrisos em correntes de ar.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 19/08/2020
Código do texto: T7040748
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