I
Bobagens, bobagens
Bobagens isentas de
rimas… !!

"se é pra ir deitar
assim tão tarde, dormir
tão pouco quase-nada
podia ao menos:

CAPRICHAR UM POUCO MAIS.

Às vezes eu questiono
toda essa zorra… eu questiono
essa minha “vontade”, essa
minha “não-desistencia”, essa…
essa porra.

ânsia de criar
um pouco mais, sempre…
mais, e mais…

"pxiii…, EI…!
cê podia ao menos
caprichar… um pouco
maaaaiiissssss… "

“Ui, Textinhos”, “Poeminhas”
“Ui, Frases da luz”,
“Contos da Escuridão”, “Livrinhos”…

E blá, blá, blá, e bló, bló, bló
E Mi, Mi, Mi o tempo inteiro
a todo tempo, os anos passando…

“a propósito, lembre-se
tu começou aos QUINZE!”

II
Algo me diz que
eu devo tentar então…
eu minto pro papel
eu tento…
Bobagens, bobagens,
bobagens…
Talvez seja como
sexo em casais que
estão juntos há um
tempão… você têm que
fazer e nem sempre precisa
ser maravilhoso…
Não posso dizer que
sei BEM se estou certo,
pois nunca me quiseram
por mais de três anos…
unhên, tadinho dele…”
Então no olhômetro
eu digo: “vá-lá-que-seja”
afinal, o poema é meu.
(ando agradecendo
muito, à quem chega
até o fim… Pois bem sei
que ando devaneando demais)

Esfrego os olhos e uma “voz”
me chega a cabeça, e me diz:

"Seu idiota. Pau no chicote,
puto, energúmeno, babaca
de uma maldita figa…
ficou acordado ATÉ AGORA
pra escrever essa merda.”

E eu respondo
quase cochilando:
"Nunca subestime a BELEZA!
de uma boa merda."

Luzes apagam
cortinas se fecham
microfone cai no chão
e a Lana Del Rey

… é fantástica.