Harmatã
quando você se foi
não coube um adeus
confisquei seu olhar
cada alívio
beijos no portão
queimei a índole
fiz uma fogueira de batom
nomeei a beleza do mundo
acabado no sofá
morrendo no pouco
escureci a cozinha
contraditória e cheia de imperfeições
fui morrer num conto de fadas
(quando tudo morre)
em branco e preto granulado
*Harmatã: vento seco e poeirento proveniente do Saara
que sopra em direção oeste e sul até a costa africana
é teu Maria Ventania
quando você se foi
não coube um adeus
confisquei seu olhar
cada alívio
beijos no portão
queimei a índole
fiz uma fogueira de batom
nomeei a beleza do mundo
acabado no sofá
morrendo no pouco
escureci a cozinha
contraditória e cheia de imperfeições
fui morrer num conto de fadas
(quando tudo morre)
em branco e preto granulado
*Harmatã: vento seco e poeirento proveniente do Saara
que sopra em direção oeste e sul até a costa africana
é teu Maria Ventania