Casulo
Qual é a demanda do ser?
No que o humano pensa que manda?
Onde anda a lucidez?
Tenho visto gente, ouvido falas...
Insensatez
Será que é loucura querer,
Paz?
Qual é a ciranda da rua?
Quantos tocam nessa banda?
Onde encontro meu semelhante?
Tenho estado só, o outro só
Errante
Será que é utopia querer
Ser tolerante?
Sou casulo que ainda não virou borboleta
Sou essa que cala a dor embaixo do seixo
Sem me achar nesse meio
Sinto-me assim fora de eixo
Fico no fim de tarde, perplexa
Olhando o sol se recolher, sem queixas.
Cedendo o domínio do céu para outros astros
Espero então a lua se deitar no alto escuro
E a esperança iluminar, nesse mundo, o obscuro