VELHO MACHO Meu avô
VELHO MACHO
Meu avô
Já passava dos noventa
Vivia farto de dias
Tinha as dores por companhia
E a voz, cansada e lenta
A visão ofuscada e cinzenta
Os passos lentos pela dor
Amante da terra e bom lavrador
Foi também, Tropeiro da Borborema
Garimpeiro, digno desse poema
Velho macho, era meu avô.
Amiraldo Patriota