Entre deuses
Deixar as linhas do corpo falarem
Os movimentos buscarem o infinito
Contando histórias de amor e fúria
Entre homens, entre deuses
As palmas abertas das mãos
O tremor descompassado arrebenta
O olhar tecendo o fio de antigas vidas
A fronte reverenciando a terra
Na angústia de não mais despertar
A sintonia entre o silêncio e a melodia
Ora leves como o ar e a água
Ora perturbadores como o raio e o trovão
O som de um coração ancestral
No regaço de nossas memórias
Escritas nas danças sagradas
Lidas em nossos espíritos