Lousa fria
Giz escorre em frenéticos riscados
Em si batem e deslizam parábolas, retas, letras, poemas
E mesmo assim
Sua existência é fria
As maiores invenções e descobertas lhe passam
E refletem em prosa, verso, e teorema
Mas de nada adianta pois a ti
Desdizem, zombam, lhe fazem descaso
Eis que seu parceiro professor, poeta, ou mesmo cientista
Bate em você e exterioriza seu terço
E os olhos que perguntam observam seus traços
Que em um tento logo vão se apagar