A PANDEMIA DO CORONA
A alegria acabou.
O medo aumentou.
O encanto murchou.
E a pandemia prosperou.
Ricos viram a pobreza.
Pobres viram aumentar a dureza.
E ninguém pense que ela é moleza.
Comenta-se ser grande mal da natureza.
No mundo inteiro, todos esmoreceram.
Não é um, nem dois, são bilhões que já sofreram.
Até das piores chagas já esqueceram
e milhões, precocemente, faleceram.
Já se tentou de tudo.
Apareceram muitos sabe-tudo,
com muitas simpatias, ao invés de estudo,
e para o povo só restou o isolamento agudo.
Muitas maneiras de combate ineficientes,
já foram criadas; e as pessoas, obedientes,
atendem sem saber que tudo é insuficiente
para combater um vírus até agora autossuficiente.
Chegou-se ao ponto de qualquer prefeito,
apenas, por ter sido, pelo povo, eleito
se arvorar de ser sanitarista de escol, bater no peito,
e tomar medidas, contra o seu povo, de todo jeito.
O único remédio que conhecem é o confinamento.
Este, de ansiedade ao fracasso no casamento,
tem trazido, sem um pingo de ressentimento,
e feito as mazelas sociais surgirem com acirramento.
Só vejo um meio para o término do nosso calvário,
que é exterminar o poderoso vírus adversário.
Como não temos, ainda, o meio necessário,
vamos orar a Deus e ter, com os irmãos, um eu humanitário.