Distante
Poesia sem vida, que desconhece a rima,
desencanto em palavras que fogem
à sua sina.
Um livro que você não deseja abrir, com medo
de saber... que não fala de você.
Letras ao léu, que se perdem
no tempo, expondo a imensidão do ser.
Minha alma dada à mentira, odeia a verdade,
viciada em fantasia, vive de tristeza,
não ouve as batidas na porta, quando lhe chama
a alegria.
Descuida dum coração
carregado de saudade, abraçou a palavra adeus,
feito sonâmbulo, não deixa o corpo
descansar,
só fala de solidão, de dor, e desamor...
Não abre a janela que mostra a realidade,
que aos seus olhos está distante,
coração que só fala de saudade.
Liduina do Nascimento