DE REPENTE...

De repente meu peito rememora
O que, por dentro, soluçando, chora:
A dor atroz da mágoa, da ilusão,
A ferir sem dó alguma o coração
De perder o vosso amor, Senhora!

Só me restam as lembranças de outrora
Os dias de sombra fresca, água sonora,
Em que eu vos entoava uma canção,
             De repente!

Mas desde que partistes, sem demora,
Me acompanha a solidão que apavora
E teima em segurar-me pela mão
Me deixando em completa aflição,
Pois de repente fostes embora,
             De repente!

 

Afuá, Pará, Brasil, 5 de junho de 2000.
Composto por Jayme Lorenzini Garcia.
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