Agora,
quando as horas
se avolumam
e as pessoas fumam
junto ao quadro da sala,
respiro o que a vida exala
nos dias de primavera.
Feito erva que se macera
para o banho de limpeza,
com toda a destreza
me decomponho.
E ante ao futuro medonho,
junto cores em mosaicos
como se fossem meus “cacos”
de sonhos, brisas e espinhos.
Cristais com vinhos
e aromas de amores:
Seios, nucas e flores.
Num trago manso,
ainda me alcanço
no brinde à vida.
Minha taça erguida
reflete a sede
de minha boca de sal.
O silêncio é o sinal
de que na noite a esmo,
já não sou mais o mesmo.
quando as horas
se avolumam
e as pessoas fumam
junto ao quadro da sala,
respiro o que a vida exala
nos dias de primavera.
Feito erva que se macera
para o banho de limpeza,
com toda a destreza
me decomponho.
E ante ao futuro medonho,
junto cores em mosaicos
como se fossem meus “cacos”
de sonhos, brisas e espinhos.
Cristais com vinhos
e aromas de amores:
Seios, nucas e flores.
Num trago manso,
ainda me alcanço
no brinde à vida.
Minha taça erguida
reflete a sede
de minha boca de sal.
O silêncio é o sinal
de que na noite a esmo,
já não sou mais o mesmo.