CONFUSO
CONFUSO
Tempos confusos
Horas sem fusos
Onde ir sem ir
Sem chorar sem rir
Estar sem ser
Ser sem estar
Que fracasso que cansaço
De tanto progresso
De tanto retrocesso
De tantas fakes
De tantas faces e feices
E de foices então
Foi-se um
Milhares e daí
Toca-se a vida envergonhada
Ou estúpida e hipócrita
Livre arbítrio ou arbitrariedade
Nesta idade pouco importa
Ir bater à porta celestial
Ardendo na ausência de ventura
Vade retro sem retorno
Não não há estorno
O passado está vivo
Apenas ele e mais nada
A bruma é visível
Tudo o mais invisível
Tropeço em corpos
Que nada impactam
Estou inconsciente
De consciência
Tempos confusos
Eu confuso
Faltam parafusos
Em poesias apartadas
Insurretas sem rumo
De amor e vida
Retas sem prumo
Bêbedas de nadas