CONFUSO

CONFUSO

Tempos confusos

Horas sem fusos

Onde ir sem ir

Sem chorar sem rir

Estar sem ser

Ser sem estar

Que fracasso que cansaço

De tanto progresso

De tanto retrocesso

De tantas fakes

De tantas faces e feices

E de foices então

Foi-se um

Milhares e daí

Toca-se a vida envergonhada

Ou estúpida e hipócrita

Livre arbítrio ou arbitrariedade

Nesta idade pouco importa

Ir bater à porta celestial

Ardendo na ausência de ventura

Vade retro sem retorno

Não não há estorno

O passado está vivo

Apenas ele e mais nada

A bruma é visível

Tudo o mais invisível

Tropeço em corpos

Que nada impactam

Estou inconsciente

De consciência

Tempos confusos

Eu confuso

Faltam parafusos

Em poesias apartadas

Insurretas sem rumo

De amor e vida

Retas sem prumo

Bêbedas de nadas

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 14/08/2020
Reeditado em 14/08/2020
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